A edição desta semana é muito especial pra mim por algumas razões:
seja porque nasci em uma sexta-feira 13 (de lua cheia - AHÁ!), seja por todas as demais razões óbvias que vocês podem imaginar, 13 é o meu número da sorte. sempre foi, sempre será!
estou super emocionada de contar — e mostrar — o resultado (em andamento, pois trata-se de um projeto em contínua construção e a ideia é essa mesmo…) da exposição (tô chamando assim, por falta de nome melhor que descreva esse conjunto foto + textos) sobre meus processos mais recentes e a crescente necessidade de (re)conectar com a arte que pulsa e sempre pulsou no meu sangue.
conto mais sobre o projeto ao final, mas já adianto que a volta vai parecer longa para chegar lá, espero que o caminho seja gostosinho…
estou também testando alguns novos formatos de escrita, menos ortodoxos digamos assim. gosto de ler nesse formato e quis testar como seria escrever.
Boa leitura!
Com amor, Tay ❤
eu havia sido recém efetivada no estágio que literalmente mudou a minha vida para sempre.
eu adoro usar L I T E R A L M E N T E principalmente porque Cacá nos corrige de um jeito muito fofinho quando usamos L I T E R A L M E N T E de forma errada assim como a deixar bem claro em sua inflexão quando ele está falando L I T E R A L M E N T E.
enfim, voltando: plano de saúde, vale-refeição, salário fixo, perspectiva de futuro.
e que futuro…
no meu primeiro feedback formal com minha nova chefa, ela me disse que eu precisava aprender a “falar menos”, que nem tudo o que eu pensava precisava ser dito e aquilo tudo que, só quem viveu sabe, né Gabi?!
“você fala demais”
“deixa os outros falarem”
“fala mais baixo”
“menos, bem menos”
“para de querer sempre ser o centro das atenções”

escuto isso desde que aprendi a falar, geralmente em tom de piada, mas não foram poucas as vezes em que fui realmente machucada, como quando meu pai me gravou tagarelando e me fez ficar horas (ou pelo menos para a menina de 4 ou 5 anos que eu era, assim pareceu…) ouvindo o quanto “eu era (sou) chata”. me achei (acho!) chata até hoje, claro. tem também a clássica história de quando meu avô (que era surdo) viajou comigo de São Paulo a Anápolis de ônibus e eu simplesmente falei a viagem inteira, sem me dar conta de que ele havia desligado o aparelho auditivo dele. eu tinha uns 3 anos. eu realmente devia ter muito assunto (tenho!).
sendo mãe de uma criança linda e tagarela, inteligente e divertida hoje vejo com clareza, doçura e e afeto, que eu não era uma criança chata (ou não mais do que qualquer criança esperta demais possa ser!). hoje sei que eu era uma criança doce, que deu zero trabalho e que assumiu responsabilidades demais, cedo demais, por tempo demais. reza a lenda que em uma viagem com amigos da minha mãe (também ali pelos 4 ou 5 anos), tive uma crise lascada de otite e passei a noite agonizando, mas simplesmente não contei para ninguém porque “não queria incomodar”. isso sem falar em outras “aventuras”, por enquanto impublicáveis.
bom, para surpresa de ninguém que me conheça, pessoal ou virtualmente, continuei sendo falante demais, escandalosa demais, oversharing demais, dramática demais. sim, também era inteligente demais, intensa demais. um constante superlativo, em tom de elogio quando conveniente a quem o proferia, e de desprezo quando útil para me machucar. o que as pessoas nunca se deram conta é o quanto o meu superlativo já era fruto de um enorme esforço para ser menos.
também muito cedo aprendi a fazer piada de mim mesma para esconder uma sensação de eterno de desencaixe. “Oi, eu sou a Tayná, e tal qual o Chandler, também faço piadas (ou dou textão) quando estou desconfortável”. sarcasmo sempre foi meu idioma mais fluente… acho que ainda é… tal qual Chandler, eu também tagarelo ainda mais quando estou nervosa… e também acho que timing é tudo… na comédia, na vida e, principalmente no sexo…
o fato é que ser “menos eu” se tornou uma espécie de objetivo secreto, almejando uma sensação de pertencimento que nunca viria.
à sensação de não pertencer e ser uma estranha em todos os ambientes pelos quais circulei eu já dei muitos nomes: imigrante, desertora de classe, filha de uma família desajustada, mas na maior parte do tempo, eu só me sentia estranha mesmo. inconveniente, desajustada…
dia desses na terapia, seguindo no eterno como assim eu construí toda a minha personalidade em torno de quem eu sou profissionalmente, socorro! me dei conta de que boa parte disso se deu possivelmente pelo medo de “voltar” ao lugar de onde tanto lutei para sair. o trabalho, ter uma profissão, ser boa nela — excelente, aliás! — foi o que me permitiu sair do caos em que estive envolta durante minha primeira metade de existência. foram 20 anos sonhando em sumir dali e ser independente para tomar minhas próprias decisões (certamente mais sensatas do que as que os adultos ao meu redor vinham tomando em meu nome!). e eu consegui! minha carreira me permitiu isso. mais: me encaixar foi a fuga para um lugar onde eu não precisaria mais ter medo.
o único problema foi que, pelo caminho, eu fui deixando para trás muitos pedaços de mim. catar caquinhos e juntá-los neste enorme mosaico que inclui tudo aquilo que fui me tornando, tem sido minha grande e mais difícil tarefa.
Escribo, ella escribió, que la memoria es frágil y el transcurso de una vida es muy breve y sucede todo tan deprisa, que no alcanzamos a ver la relación entre los acontecimientos, no podemos medir la consecuencia de los actos, creemos en la ficción del tiempo, en el presente, el pasado y el futuro, pero puede ser también que todo ocurre simultáneamente, como decían las tres hermanas Mora, que eran capaces de ver en el espacio los espíritus de todas las épocas...
Isabel Allende em A Casa dos Espíritos
semana passada me deparei com a campanha da TRESemmé que viralizou pela sua genialidade e criatividade, mas principalmente porque a marca se permitiu fazer algo que ainda é raro
em qualquer contextono mercado: ser autêntica! assumir suas limitações e que ninguém agrada todo mundo e que TÁ TUDO BEM ser assim. Tem espaço para o frizz da Bethania, para o liso da Sabrina e muito mais.caso você tenha caído de paraquedas no assunto, basicamente a campanha traz um diálogo inusitado — em que Bethania afirma respeitosa e com o seu usual jeitinho Bethania de ser que jamais usaria um antifrizz, por mais maravilhoso que pareça ser. Ao apostar no inusitado encontro entre Bethânia e Sabrina (ambas carismáticas até o último fio de cabelo) a marca vai além do lugar comum de convencimento e reforça a importância de cultivar autonomia em vez de reforçar padrões de beleza. bom, a Unilever já faz isso muito bem desde as campanhas magníficas da Dove, mas não é sobre isso que eu queria falar.
what I couldn’t help but wonder — no melhor estilo “vende mais porque é fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais?” — foi: a autenticidade da Bethania faz ela ser tão amada ou ela pode ser tão autentica justamente porque já é amada? para alguém como eu que fez toda sua carreira no mundo corporativo, onde sempre me quiseram (e não só a mim!) adequada, “profissional” (com muitas camadas neste conceito nada específico), mansa, sem muita exposição, a autenticidade e vulnerabilidade poderia ser simbolizada pelo “frizz” da Bethania?
em 2021, aos 37 recebi a identificação de AHSD (Altas Habilidades e Superdotação)1 e esta foi uma libertação tão grande para a pequena Tayná que sempre se sentiu deslocada e passou a vida inteira fazendo masking (camuflagem). para quem não está familiarizada com o universo neurodivergente, masking é estratégia de esconder ou suprimir características consideradas típicas de uma condição para se adaptar ao que é percebido como norma social, incluindo controlar expressões emocionais. em resumo, masking é a tentativa de se encaixar em padrões sociais, muitas vezes a um custo significativo de energia e bem-estar, para evitar julgamentos ou discriminação, nos casos mais graves. ainda que o termo seja mais comumente utilizado para referir-se a pessoas no transtorno do espectro autista, também ocorre frequentemente com pessoas AHSD, principalmente com meninas.
minha relação com o tema superdotação sempre foi complexo. vindo de uma família repleta de superdotados, “gênios incompreendidos” que fizeram vários nadas com suas habilidades, a não ser se ferrarem muito na vida e, no pior dos casos ferrar a vida alheia também, eu sempre odiei que dissessem que eu era “naturalmente inteligente”. me parecia um enorme desrespeito e minimização de todo o meu esforço para me diferenciar de quem eu de fato considerava como sendo cognitivamente genial e uma bela bosta de caráter e comportamento (meu pai, por exemplo!). além disso, eu nunca fiquei realmente satisfeita com nada que fiz. sempre me achei alguém sem criatividade, com a mente rígida demais e muito boa em apenas uma ou outra coisa (kkkkk para o fato de tudo isso depois ser explicado pelos testes e laudo).
fato é que rejeitei esse rótulo a vida toda. mais, eu nutri um verdadeiro ranço por pessoas que achavam seus filhos os alecrim dourado da inteligência e pedi fortemente ao universo que o meu não fosse desses. eu ignorei todos os sinais ao máximo que pude e quando a psicóloga dele — já na primeira sessão — o encaminhou, com menos de 4 anos, para avaliação com a neuro (só para confirmar, segundo ela, porque em uma conversa, tendo trabalhado quase uma década em um dos maiores institutos de superdotação do país, ela já tinha certeza que ele era AHSD).
eu chorei dias e noites pensando nisso. tinha certeza de que havia passado uma grande maldição genética para ele: a de não dar em nada na vida, cair nas drogas, ser um eterno potencial que termina sendo apenas um peso para a sociedade. depois me senti culpada por ter diminuído todos os talentos dele. ele andou aos 7 meses eu dizia “ahhh agradeçam as crianças que demoram a andar, é horrível essa criança não parar quieta”. ele leu sozinha aos 3a10m: “ahhh é porque ele precisou ir na fono resolver o C e ela usou um alfabeto na sessão”. ele se preocupa com questões complexas e usa o vocabulário de um senhor professor da USP de 70 anos: “mas é porque aqui em casa….”. foram semanas só chorando e rezando para saber lidar com isso e ajudá-lo a ser feliz mesmo com essa maldição. intensidade? quase nada….
a primeira parte da sessão de devolutiva depois dos dois meses de avaliação foi para a neuropsi me explicar que eu precisaria muito investigar minha própria condição para lidar melhor com a dele. me deu todos os exemplos acima e mais uns tantos outros da anamnese (porque sim, é uma condição multifatorial com fortes fatores genéticos, então importante investigar vários históricos dos ascendentes biológicos e também ambientais) que mostravam uma hipótese diagnóstica bastante convincente.
eu fui para CADA UMA DAS SESSÕES dos testes (8 encontros fora anamnese e preenchimento de fichas e relatos infinitos) me sentindo um grande lixo. eu saí de cada sessão tendo certeza de que eu fui muito mal. eu falava para o Rodrigo (que sempre me levava e buscava): “eu to pagando para provarem que sou burra!”. vai chegar ao final e vão me dar um laudo dizendo “oooops, erramos, e na verdade você é meio burrinha ou, pior, você é apenas mediana. obrigada, passar bem!”. ele ria…
entender que a culpa não era minha por ser assim tão superlativa (e muito menos por ter “passado essa desgraça genética” para o meu filho, como eu disse — aos prantos — à neuro que o avaliava!) foi como tirar um caminhão das costas. o hiperfoco, a sensibilidade exagerada, a sensação de que minha cabeça vai explodir com meu interesse em duzentas mil coisas ao mesmo tempo, a necessidade de me expressar de formas aparentemente contraditórias para os outros… tudo isso faz parte (mas não precisa me definir!) da forma como meu cérebro funciona. é a minha maneira de ser e estar no mundo!
eu sempre me senti meio Ismália: louca, sonhadora e dividida entre a lua do céu e a lua do mar. queria subir ao céu, queria descer ao mar. no fim, nunca me senti boa o suficiente para lua nenhuma.
os dois anos que se seguiram à identificação, combinados com minhas pesquisas sobre o tema para o manejo do caso de Cacá (muito mais intenso e acima da média do que eu), foram essenciais no processo de entendimento, perdão e cura de muita coisa que eu nem imaginava que ainda doía tanto. cada coisa que eu via (e ainda vejo) ele fazendo de forma tão cruel com ele mesmo, cada surto de dor, cada vez que ele se cobra de uma forma tão injusta, eu me vejo do tamanho de um grão de arroz. me dói porque me lembro das minhas dores e porque ver quem a gente mais ama no mundo sofrendo as mesmas dores que tanto estamos tentando evitar é doloroso demais.
e aí que, adivinha, para que eu possa ser colo para as dificuldades dele, eu preciso ser colo para as minhas próprias. eu preciso aprender a manejar as minhas dores com mais generosidade e olhar para mim mesma com mais afeto. e manas, manos e monas, PUTA MERDA QUE TREM DIFÍCIL!!!
meu aniversário de 39 anos foi uma importante virada de chave. comecei a enxergar muitas coisas em mim mesma sob novas perspectivas. sendo mais sincera — com vocês e comigo — na verdade, acho que passei mesmo foi a ter coragem de verbalizá-las. fiz uma lista inusitada e ousada de coisas que eu queria fazer antes dos 40, dentre elas um ensaio sensual. e fiz! a maioria pelo menos…
aos 39, olhando para as fotos, os bilhetinhos que deixo para mim mesma, as pequenas e grandes marcas no corpo, outras na alma. algumas cicatrizando, outras ainda doídas... todas contando alguma história sobre mim - e que provavelmente não interessariam a mais ninguém, decidi que não queria mais pedir desculpas por quem eu era.
vejam, não se trata aqui de um manifesto da síndrome de Gabriela, que aliás detesto. sou uma enorme defensora da mudança, da metamorfose, de cuspir pra cima e cair na testa, que seja, mas uma coisa é se arrepender e mudar o que você FAZ, outra, muito diferente — e absurdamente violenta — é você se violentar para caber em espaços em que querem alguém diferente de quem você É. ou, pior, passar a vida se desculpando por isso. é que por trás de todo o sarcasmo e piadinha de autodepreciação da mulher que realizou tanto, sempre esteve a menina cujo maior medo na vida era ser deixada para trás, esquecida... e com um desejo imenso e pesado de ser amada a qualquer custo.
essa edição da
me inspirou a fazer uma lista de coisas sobre as quais eu mudei de ideia que eu nomeei de me tornei quem eu mais temia e que programei para enviar ainda esta semana.
agora, a parte mais tragicômica disso tudo é que nada que eu tenha feito, esforço nenhum, por mais desgastante e corrosivo que tenha sido, me garantiu ser amada por todos, nem sempre, nem da forma como imaginava precisar. ali, aos 39 eu realmente entendi que nada é mais precioso do que ser aceita por quem realmente sou. e sim, isso é um recado também para mim!
fácil falar, difícil internalizar. mais ainda, praticar! ainda mais quando, logo depois a vida vem e te atropela com um porta-aviões carregado e destrói todas as — poucas — ilusões que haviam restado.
Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Nise da Silveira
e aí entra o papo sobre o frizz da Bethania, profissionalismo, imagem e etc.
no processo de querer me encaixar e deixar para trás tudo que eu associei ao sofrimento e irresponsabilidade, eu mascarei que sim, gosto de estudar e trabalhar e ser foda no que eu faço, mas também gosto de me sentir bonita e desejada. e que tenho um lado sensual que eu sempre disfarcei (e fingi que não existia) tentando ser o mais “moleca” possível. que eu sou fofa, mas falo palavrão pra caralho. prolixa e assertiva. impaciente e tolerante. profunda e “fútil” e isso pode significar que, na mesma noite insone, você me verá lendo um artigo sobre o aquecimento do Oceano e traçando a genealogia de todos os nepobabies de hollywood e como eles se conectam aos brasileiros (hello hailey bieber). e que eu gosto de funk, de jazz, de samba e de Ópera, mas mais do que tudo mesmo eu gosto de rebolar a raba até o chão e de saber que tenho um belo exemplar para exibir.









as pessoas mais medíocres, cafonas, sem graça e filhas da puta que passaram pela minha vida profissional usavam terno ou jaqueta puffer e camisa polo com sapatênis. então, porque ser sensual ou hippie, ou esportiva ou usar adereços vistosos, ou mesmo postar foto de biquini, faz de alguém menos profissional? isso tem nome! meia noite eu te conto…
o fato é que, desde que entrei nos meus 39 anos, eu decidi que não quero mais andar pela vida pedindo desculpas. não quero mais viver relações (de qualquer tipo) onde minha intensidade, pujança ou meu ritmo sejam moeda de acusação contra mim mesma. não quero mais pedir desculpa - e eu mesma me culpar o tempo todo - pelas minhas fortalezas, por aquilo que me estrutura e me faz ser eu. pro bem e pro mal… pra dor e o pro amor.
não quero me curar de quem sou. quero me curar do que fizeram comigo! e como diria outra psicanalista de grande relevância e contribuição para as minhas reflexões, Jessica Bemjamin:
A construção da subjetividade envolve a perda de uma ilusão de harmonia e a confrontação com as complexidades e contradições da vida social, mas também abre caminho para a possibilidade de uma subjetividade mais autêntica e empoderada.
quero viver apaixonada! apaixonada pela vida, pela que já vivi e por toda a que ainda tenho pela frente. apaixonada por mim mesma e por cada pedacinho de mim que eu conquistei na unha, no dente e contra todas as estatísticas sobre pessoas com histórias parecidas com a minha. apaixonada pelos amores e afetos vários que me cercam, que me enchem de carinho e aconchego com e que, mais do que tudo, me enchem de alegria e momentos deliciosos todos os dias.
é isso: estou apaixonada e com uma urgência de ser cada vez mais fiel ao que acredito e desejo e conectada aos meus amores, sejam eles o romântico, as amizades, ou a paixão por fazer do mundo um lugar um tiquinho melhor ao meu redor. cada vez mais eu e cada vez mais viva, mais intensamente conectada e em paz com as minhas múltiplas facetas. não quero ser “minha melhor versão” apenas. quero poder ser e integrar todas elas, sem medo e com consciência das dores e delicias de cada uma delas.
e neste bololô todo, eu resgatei a vontade de fazer arte com tudo o que venho vivendo.
Crônica Fotográfica das minhas encruzilhadas
este ensaio nasceu no intervalo entre o que fui obrigada a engolir e o que me recusei a digerir.
se o corpo carrega o trauma, é também no corpo que podemos encontrar redenção e liberdade para expressar o que não ousamos sussurrar.
após um ano de muitas violências, dor, abandonos e reencontros, "De quantas metamorfoses se faz uma vida?" não é apenas um registro pessoal do que vivi e sigo vivendo. é um organismo vivo que respira, muda, sangra e transborda enquanto eu mesma vou renascendo.
com quatro sessões principais (por enquanto!), o objetivo desta experimentação é transmutar e registrar, não apenas pelo mental, que me é tão familiar, mas por um olhar artístico aquilo que não se descreve, apenas se sente.
na fotografia, pelas lentes de quem clica e a experiência de quem olha, dou as boas vindas ao meu mundo.
espero que você tenha uma experiência interessante ao navegar por esse mergulho na minha metamorfose em andamento!
não quero dar muito mais detalhes, até para ver o que vocês entendem da experiência ao navegar no site. o que faz sentido, o que não, se a comunicação está clara, e assim por diante…
me conta? pode deixar um comentário, ou enviar uma mensagem diretamente respondendo a este e-mail!
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Diquinhas Com amor, Tay ❤
vou deixar aqui algumas das melhores coisas que li recentemente neste planeta chamado Substack:
este texto da
onde ela, generosamente, compartilha um insght muito foda do terapeuta dela que me fez economizar pelo menos uns 5 anos de remédio e terapia por aqui!
esta edição perfeita sobre tendências e mundo on/off da sempre maravilhosa
não sei escolher exatamente um porquê, mas tudo nesta edição do
é bom, engraçado e gostoso de ler, ao mesmo tempo que instrutivo. as dicas então, estão demais! um dia quero escrever igual o e o
para quem precisa de um sopro de esperança e motivação para seguir, sem cair em bla bla bla anticientífico, recomendo — SEMPRE e desde 2017 — tudo que a
produz, mas esta edição em especial, me deixou com um sorrisinho com recheio de vontade de arregaçar as mangas!
Memes que Curam Mais que Terapia
e já que o tema hoje são minhas múltiplas versões, deixo aqui um compilado de memes aleatórios que me definem para apreciar por sua conta e risco.
Bom, por hoje é só meu povo…
Com amor, Tay ❤️
Ahhhh e se você chegou agora, confere aqui as edições passadas dessa cartinha que sai toda semana com o compilado do meu mundinho.
A AHSD (Altas habilidades/Superdotação) não é classificada como doença ou transtorno no CID (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), pois é considerada uma condição e não uma doença ou deficiência. A OMS estima que 5% da população mundial tenha essa característica, mas o número pode ser maior quando se avaliam outros aspectos além do QI. A superdotação é frequentemente romantizada como um "superpoder", o que mascara as dificuldades reais enfrentadas, como intensidade emocional, sensibilidade sensorial (a barulhos e cheiros), inquietação e hiperfoco. Além disso, os traços de quem é AHSD podem ser confundidos com outras neurodiversidades, levando a diagnósticos incorretos em um caso e no outro. É razoavelmente comum também que ocorra o que os especialistas chamam de “dupla excepcionalidade” (TEA+AHSD ou TDHA + AHSD). A idealização da superdotação pode dificultar sua identificação e minimizar os desafios enfrentados por quem a possui. Por isso, só um processo de investigação com profissionais capacitados pode confirmar ou não a indicação. Inclusive porque AHSD não é sinônimo de inteligência. Alguém pode ser extremamente inteligente (QI) e não ser AHSD e vice-versa. Deixo aqui alguns bons perfis para se aprofundar no tema: Cognos Centro Neurpsi; Dra. Mariana Abuhamad; Polyana Raquel Pedroso; Dra Thaíssa Pandolfi.